Faz quando se trata, por exemplo, da ida à lua, da descoberta de um tesouro, da invenção de uma vacina. Noutras ocasiões, ser o primeiro também devia fazer diferença, mas o tempo acaba por reduzir a força desse benefício.
Basta andar na rua para reparar na concentração de negócios do mesmo ramo, por m2, nas grandes cidades. Refiro-me a bancos, oficinas, calçado, vestuário, mas sobretudo no sector alimentar: mercearias, supermercados, cafés e restaurantes.
Não apareceram todos de uma vez e, provavelmente, os primeiros a chegar pensaram que seriam os únicos a gozar de pleno direito dessa vantagem. Mas a vida troca-nos as voltas e, passado algum tempo, o sucesso de uns desperta o interesse de outros. Deixamos de estar sozinhos e as avenidas, os quarteirões e os bairros enchem-se de novas lojas que satisfazem as mesmas necessidades. É verdade que assim passa a existir maior fluxo de compradores/consumidores, mas a quota de mercado também é mais disputada, assim como a quota de estômago - se voltarmos ao caso dos cafés e restaurantes - que tem o seu limite e por isso não aumenta.
Disposição do comércio de rua
As imagens em baixo são uma simulação de 2 cenários sobre a disposição do comércio. A cada cor corresponde um ramo de negócio:
Na Fig A o comércio é livre na implementação, não existem quotas a respeitar nem limites ao número de estabelecimentos de cada ramo, o que origina concentração de lojas numa determinada área geográfica;
Na Fig B é o inverso, o que faz com que o mesmo ramo tenha de procurar outra zona para se estabelecer, sabendo que nenhum outro será seu vizinho.
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